quarta-feira, novembro 29, 2006

BRASÍLIA, FINA FLOR DO ROCK

Nov. / Dez. 2006 – Publicação mais aperiódica impossível

Informativo Falido Sem Pretensões Políticas Nem Mercadológicas


EDITORIANDO:

Oi! Aos que sentiram saudades, estou de volta, cada vez pior. Aos que não sentiram falta, meus parabéns pela sanidade mental, mas, mesmo assim estou de volta. Aos que me odeiam, saibam, o sentimento não é recíproco e eu estou de volta. Estou de volta para dizer que é muito difícil para mim viver sem esse tal Rock’n’Roll, é muito difícil deixar de escrever e é mais difícil ainda ficar sem editar fanzines. Cada um tem seus vícios, esses são uns dos meus! Boa leitura, mesmo que a esta leitura abaixo não seja boa!


NOVIDADES COM CHEIRO DE MOFO:

* A banda Flammea está de volta! Essa notícia muito me alegra, pois eu era um fã de carteirinha dessas meninas. Sim, eu disse meninas. E digo mais: elas foram uma das primeiras bandas femininas de Thrash do Brasil. Em tempo (eheh, “em tempo” ficou parecendo aqueles memorandos de 1970!), que o selo carioca Dies Irae lançará as antigas demos da Flammea em CD. Para mim, enquanto fã, isso é uma notícia fabulosa! Quem sabe o retorno dessas thrashers não desperte nos velhinhos um renascimento maciço das bandas que começaram muito do que fazemos hoje!

* Rafael, ex-baterista da Fibra, foi assassinado há pouco tempo na sua cidade, Gama. Toda a vida é importante, mas essa aqui, em especial, fará muita falta. O pacifismo perdeu mais de seus hasteadores da bandeira da paz!

* A banda Winds of Creation recruta Júlio, um dos melhores e mais criativos guitarristas do Metal de Brasília. Júlio já passou por diversas bandas, mas acredito que a mais importante e significativa tenha sido a Dejá-vù.

* A banda Murro no Olho está em estúdio terminando o que será seu primeiro CD. Foram tantas participações especiais (Fofão, Babosa, etc) que até o novo ME ficou apertado!

* Já que citei o nome do Fofão, é importante mencionar que a Besthöven continua a todo vapor com suas gravações de um homem só. Em breve, mais 3 eps sairão na gringa e, em 2007, o split LP com a banda Terror Revolucionário. Tenho a impressão de conhecer alguém dessa última...

* A ONG Porão do Rock ganhou um dial para apresentar suas idéias, falar de política e, lógico, tocar muito Rock. Eu li a respeito, mas já esqueci tudo, então para maiores informações favor entrar no site www.poraodorock.com.br. O pior é que eu nem lembro se o site é esse mesmo. Um ano desses eu ainda coloco internet aqui em casa. Tentem lá esse endereço, caso não seja procure nesses sites de busca. Mas procurem mesmo!!!

* Reinado do Metal é um programa em uma rádio da cidade de Planaltina (DF) que está louca para dar uma força para as bandas de todo Brasil. Logo, por favor, mandem material para a Ingrid. Fone: (61) 3489-2310 ou reinadodometal@hotmail.com

* O clipe “Everbreathe” da Deceivers estreou na programação da MTV norte-americana.

* Utgard Trölls lançará CD no próximo ano pelo selo dos Punks da banda paulista Luta Armada.

* Verruga é o novo front-man da Podrera, que também está de guitarrista novo, uma vez que o Gregory deixou a banda há pouco para se dedicar aos estudos, trabalho e à Temenon.

* Violator volta a ser um quarteto com a entrada de Márcio (Slaver). O primeiro show com a nova formação, no DF, foi dia 04/11/06, no Galpãozinho (Gama), onde a banda aproveitou para lançar ‘Chemical Assault’, o 2º CD. Ao lado dos Violas tocaram: Eternal Devastation (GO – que também lançou CD na ocasião, o ótimo ‘Slaughterhouse’), Winds of Creation, Sociofobia (GO), Orgy of Flies e Mechanix. Agora a Violator fará o show de lançamento no Plano Piloto (Zonna Z) ao lado das bandas Seconds of Noise, Innocent Kids, Ressonância Mórfica (GO), Death Slam e a cearense Facada, a qual inicia a tour de lançamento de seu primeiro CD, o maravilhoso ‘Indigesto’. O festival que recebeu o nome de Extreme Audio Mutilation, ganhou de presente um zinezinho muito do chique da gráfica Multart. A mutilação de tímpanos terá início às 19 horas e a cirurgia está orçada em R$ 10,00.

* O Armazém Rolla Pedra informa que já está selecionando bandas para o próximo festival. Além disso, há várias novidades de muito interesse para a comunidade roqueira. Kennedy continua incansável... ainda bem! No site – www.rollapedra.com - as bandas ainda podem disponibilizar músicas e imagens para divulgação!

* A crossover Fubanga está de volta à ativa!

* O meu amigo Robson (Abhorrent) saiu da loja Berlin Discos e deu seu grito de independência ao montar a sua própria loja, a Under Music, que fica no Conic. 3322-9459.

* O incansável Kbça, da loja Abriu Pro Rock, não descansa. Dia 23/12, na tenda da UnB, ele promoverá o show da banda Angra, que será aberto pelas bandas locais Khallice e Bruto. O ingresso será 30 mangos. Para maiores informações ligue na loja: 3484-0132. para quem não sabe, o Kbça foi o promotor do show da After Forever ou, como diz o Tubão, Afta no Forevis.

* Flashover termina as gravações de seu novo CD em dezembro e lança o novo trabalho em 2007, mais uma vez pelo selo Lethal, de propriedade de nosso amigo Zé (Filial do Rock). Saudades, camarada. Voltem logo para o Brasil, pois precisamos de vocês aqui!

* A Vultos Vocíferos deve lançar em breve um 7 ep contendo 2 músicas para mostrar aos fãs de Black Metal a nova formação da banda, que conta com Rafael, ex- Bizzarre Kings, na guitarra.

* A ótima banda Demolish teve uma reformulação quase que completa em sua formação. Mais detalhes na próxima edição que deve sair qualquer hora dessa...

Finalmente as minas da Valhalla encontraram uma baixista para tocar com elas. O problema é: eu esqueci o nome dela! Mas vale dar uma passada no my space da banda e conferir! www.myspace.com/valhalla


ENTREVISTA OU BATE-PAPO:

Daniel Moreira é baixista e vocalista da banda Flashover. Mas não é só isso. Ele também é um grande desenhista, responsável pela ilustração de várias capas, criador de logomarcas e um tatuador com futuro promissor. Abaixo você conhecerá um pouco mais sobre esse gênio sempre tão calado. Já que ele não fala, decidi perguntar e deixar que ele escreva. Tomara que ele escreva um pouco mais do que fala...

01) Qual é, Mac, tudo certo? Vamos começar do básico: nome completo, mês e ano de nascimento e sua semelhança com a Elba Ramalho.

R.: Tudo certim... Meu nome é Daniel Moreira Lima, nasci dia 10/08/78. Bom, sobre a minha semelhança, foi ela quem me copiou. (rs)

02) Você é da formação original da Flashover, certo? Antes dela você já havia passado por outra banda ou a Flash foi e continua sendo sua única opção musical? Lembro de você falando de montar um projeto paralelo e tal, mas, salvo engano, isso nunca se concretizou, mesmo você sendo um grande fã de Death-Metal. Ainda passa por sua cabeça essa tal banda paralela?

R.: Exatamente há uns 9 anos atrás, juntamente com o Itazil (ndr.: puta nome de remédio!), resolvemos formar a banda. O primeiro nome era Torment, mas já existia uma banda com esse nome e daí para Flash foi um pulo! Aí veio o Fernando (batera) e depois o Fernando (Basset), que colaboraram para a formação atual da banda. A Flash foi a primeira que participei, depois, como você citou, tentei efetivar projetos paralelos, alguns voltados para pro Death e outros pro Thrash. Ensaiamos umas três vezes, sendo que primeira bebemos a noite toda, a segunda bebemos e jogamos sinuca e a terceira assistimos o show da Torture bebendo (era o 2° Duelo de Bandas do Gama). A banda não acabou, estamos esperando o Gabriel voltar dos EUA para fazermos o quarto ensaio.

03) A Flashover já participou de algumas coletâneas em CD e já lançou dois álbuns, sendo um oficial, o qual obteve ótimas críticas, algo que, de certa forma, cria uma expectativa para o próximo trabalho. Sendo assim, o que você pode adiantar sobre esse novo e demorado passo? Virá mais lento, mais rápido, terá umas baladas para tocar nas rádios e dançar colado, será lançado pela mesma gravadora, enfim, dê uma geral de como será.

R.: Isso mesmo, já tivemos alguns trabalhos de estúdio, CDs, coletâneas, etc, e o novo álbum, que projetamos há dois anos atrás, está quase pronto, só não saiu ainda porque além dos problemas com integrantes (batera nenhum quer tocar com a gente!), não temos nenhum selo que se habilite a lançar. Então optamos por lançar independente, o que pode demorar um pouco mais... talvez na próxima copa! Quanto às composições, seguem a mesma linha: algumas mais rápidas, outras mais rápidas ainda... (ndr.: como a entrevista foi feita há um bom tempo atrás, informo que a banda já fechou com a Lethal para o novo lançamento e já tem até show marcado para o grande dia!)

04) O trio de cordas permanece inalterado, entretanto, parece que baterista sempre será o grande problema. Quem está no cargo agora e quem já passou por ele?

R.: Realmente, os três oreias continuam do mesmo jeito, e o novo batera é o antigo. O Rafael volta pra mostrar que não mudou nada, que não temos problema com o batera, eles é que não querem tocar com a gente. Quem já tentou tocar na Flashover foram: Fernando (Fausto) que teve a tarefa de criar a identidade da banda; Willian, depois o Léo que gravou o primeiro CD e concretizou a ideologia Thrash da banda, o próximo foi o Josefer, que gravou o Land of Cannibals, mas não chegou a lança-lo; seguindo o Rafael que não demorou muito também, daí o Cofap (acho que Cofap é o nome dele mesmo!), o Gabriel que participou das composições das músicas do novo álbum, e novamente o Rafael, que vai ficar para sempre! (coitado!)

05) A Flashover já passou por um grande momento na cena, tanto que muitos pensaram que vocês seriam a bola da vez, porém vocês enfrentaram alguns problemas que fizeram com que o vôo fosse interrompido. Quais foram eles e como esperam figurar novamente entre os grandes do Metal nacional?

R.: O grande problema, pelo menos pelo meu ponto de vista, foi o fato da cena brasiliense não ser forte no meio nacional (ndr.: disso eu discordo!), não saímos para divulgar a banda fora do DF quando se fez necessário (ndr.: nisso eu concordo!). Um outro fator: o batera ou a falta dele, como sempre. Pretendemos lançar o novo CD, e esperar que as críticas e a receptividade sejam tão positivas ou mais das que obtivemos com o Lands.

06) Mudando um pouco de assunto, gostaria de saber com qual idade você se descobriu como desenhista, se fez algum curso de aperfeiçoamento para desenvolver esse talento e se ainda guarda a sua primeira ilustração? O Spike, aquele magrelo escroto do seu irmão, é um dos seus maiores fãs e incentivadores. Ajuda quando esse incentivo parte do seio da própria família?

R.: Eu era novo o suficiente para saber que não seria um bom desenhista, mas mesmo assim resolvi tentar, não me lembro quando foi exatamente. Eu só sei que nunca fiz curso de desenho, mas pretendo fazer agora, para aprender um pouco. O Spiker, sempre me apoiou, tanto no desenho quanto nas tatuagens, ele quem me iniciou no meio Underground. Sou grato por isso!

07) Você tem alguns desenhistas que servem de influência para você? Você gosta de histórias em quadrinhos? Quais? Já pensou alguma vez em fazer quadrinhos, desenvolver um personagem ou coisa parecida? Sempre achei que ilustração e Rock são uma união inseparável. Você concorda comigo nesse ponto? Quando está desenhando, criando, você costuma ouvir música ou é da rara classe de ilustradores que gosta de trabalhar em silêncio?

R.: Sim, tem alguns ilustradores que me inspiram: o Boris, o Frandk Frazetta, o Luis Royo, Chris Ashilleos. Gosto de hqs do tipo Spawn, Darkness, mas só para ver as figurinhas. Já fiz algumas histórias, mas ficaram muito bestas e larguei para lá, não é para mim não. Concordo com você, ilustração e Rock, realmente têm tudo a ver. Principalmente ilustrações com temas medievais e quadrinhos que representam anti-heróis. Quando estou desenhando sempre ouço alguma coisa (ndr.: Elba Ramalho?).

08) Tem idéia de quantas ilustrações você já fez e quais considera mais significativas?

R.: Já fiz muitos desenhos, porém, para mim, poucos são significativos! Porque eu faço muitos desenhos para gráficas, camisetas escolares, alguns para tatuagens, poucos para ilustrações de CDs, esses são os que têm algum significado.

09) Qual foi a primeira pessoa que você tatuou e quanto tempo faz isso? Como tatuador, o que um profissional da área pode fazer para ir se aperfeiçoando? O desenhista tem alguma vantagem caso opte por tornar-se um tatuador?

R.: A primeira pessoa que eu tatuei foi o Ferando (Fausto). Não ficou muito legal, mas depois deu para arrumar. Tem mais ou menos uns 3 anos. (ndr.: pela demora do Fina sair, acho que já virou de ser 4 agora). Para mim, é fazendo que se aprende a fazer e os anos de experiência tornam o desenhista/tatuador cada vez melhor. O desenhista pode tatuar com muito mais facilidade, pode desenvolver técnicas bem mais rápido.

10) Você acha que a invasão tecnológica determinará o fim dos desenhistas manuais? Lápis, nankin, borracha, cêra e guachê estão com os dias contados?

R.: Acho que não. Existem coisas que um computador não é capaz de fazer... ainda! A textura do material utilizado, as expressões, os traços, ..., creio eu ser intangível por uma máquina! Acho que o computador nunca vai substituir o papel.

11) Tem uma coisa que me incomoda muito e eu quero saber se isso acontece contigo também. Muitas pessoas chegam para mim e ficam falando um monte do Júnior, fazendo críticas negativas, queimando o filme do cara e tal. É chato, porque o Júnior é meu amigo, gosto muito dele e essas frescuras sentimentais todas. Isso rola contigo também? Com você reage? Tá, o bombado dá uns vacilos, mas, caramba, atire a primeira pedra quem nunca deu umas cagadas, né?

R.: Sim, como ele é o que mais aparece na banda, é sempre o mais focado e criticado. Algumas críticas razoáveis e outras péssimas. Para mim, não tem muito efeito, isso nunca atingiu a banda. Os fãs do Júnior ajudam muito a banda, e são a maioria, portanto o restante não faz diferença.

12) Chegamos ao fim. Obrigado pela oportunidade de entrevistá-lo e por todos os desenhos que você já fez para mim. Fale qualquer coisa e deixe seus contatos para o caso de alguém querer chamar a Flashover para um show, ou querer convidá-lo para tocar em uma banda de Death-Metal, ou encomendar um desenho ou querer marcar uma tattoo com você.

R.: Bom, é isso aí, valeu muito! Para contactar a Flashover ligue para o Júnior, para quem quer fazer uma tattoo ligue na Abriu Pro Rock (3484-0132) e se alguma banda se interessar em produzir alguma capa de CD e afins, o meu fone é 8425-6924.


BANDAS:


BRUTO: O que tenho em minhas mãos é a primeira demo da Bruto, com formação e músicas antigas. Vi e ouvi a banda com nova formação e posso assegurar que as músicas estão mais rápidas e o palco ganhou em movimentação, ou seja, é quase outra banda. Entretanto, aqui falaremos sobre a primeira aparição de estúdio, que apresenta boa qualidade sonora e 2 músicas que apresentam similaridade com Pantera (principalmente), Metallica e Korzus. O vocal de Kbça acaba sendo o diferencial por aqui, uma vez que sua voz é mais grave e gutural do que o convencional das bandas thrashers. A capa merece um destaque à parte, Daniel fez uma ótima ilustração para uma idéia simples e eficaz. O release merece mais atenção, pois o texto apresenta alguns erros e histórias desnecessárias. Cont.: brutofitademo@gmail.com ou 3484-0132

CANIBAIS: O trio nasceu das cinzas da ‘Olhos Independentes’, uma das bandas preferidas do Babosa; porém, na Canibais, o baixista Fernandes assume também a função de vocalista e a música ganha mais rapidez, ou seja, o Punk-Rock de outrora incorpora um espírito mais HC, o que pode ser conferido nas versões de vários covers executados no CD ‘Demo pirata, primeiros ensaios’. Entre as versões estão Prisão Civil, Apocalixo, Detrito Federal, Replicantes e outras. Antes que perguntem, sim, existem músicas próprias entre as 10 gravadas. Mesmo com uma qualidade de gravação sofrível (ndr.: trata-se de um ensaio), a banda resolveu fazer uma arte caprichada e está mandando ver na divulgação, aderindo de corpo e alma o que diz o release da banda: “principal objetivo é tocar e manifestar as idéias Punks...”. Cont.: QNM 18 Conj. B Lt. 05 Apt. 101 – Ceilândia Norte – DF – 72180-183 – DF ou (61) 9933-1992

MORE TOOLS: Eis uma de minhas bandas preferidas do DF. Só não está na seção ‘Destaques da Edição’ porque eles demoraram muito para entregar minha cópia. Sou vingativo! Não, brincadeira, não é por isso, é que eles possuem músicas muito mais fodas e matadoras do que as 3 que resolveram colocar nessa promo. São burros para caralho, essa é a verdade, e ainda dizem por aí que “maconha não faz mal para a mente!”. O que temos aqui é uma avalanche sonora destruidora feita por um time de músicos de alto gabarito e de indiscutível qualidade. As músicas possuem influência de Death-Metal, Hardcore, Grind e, vez ou outra, umas passagens mais modernas. Se aqui a gravação já está impecável, esperem para ver ‘From beyond’, CD debut que será lançado pelo estúdio Orbis! Cont.: (61) 3354-2145 .

NEFFREIM: Banda novata, oriunda da Ceilândia, formada por 3 jovens Headbangers, chega com ‘Hordas Sanguinárias’, 1º CD-demo. Como muitas das estréias em estúdio, esta também apresenta algumas falhas, frutos da inexperiência e da falta de grana tão somente. A gravação não ficou boa, tal qual a mixagem, mas não chega a ser de todo mal, uma vez que o áudio deixa claro para o que a banda veio: tocar Death-Metal como nos velhos tempos. A Neffheim acaba lembrando velhas lendas mineiras como Holocausto e Sarcófago, entretanto, tem uns trechos que se assemelha muito à Ressonância Mórfica devido à parte vocal e as letras em português. São 4 faixas das quais a faixa título se sobressai. A arte também foi bem cuidada, trazendo outra bela ilustração de Daniel, coincidentemente o entrevistado da edição. Cont.: www.myspace.com/neffheim - banda.neffheim@bol.com.br ou 3376-3055

MYTHRILL: Banda nova na área. E o quinteto, liderado pela vocalista Mariana, já chega mostrando suas garras. ‘Insights’ é um CD-demo com 4 faixas e todas com um direcionamento mais melódico, mesclando influências do Heavy, Hard-Rock e Progressivo, com referências a bandas como Nightwish, Épica, After Forever e Dream Threater. Para quem gosta, um prato cheio! Mariana parece que dá umas escorregadas nas entonações, mas nada que comprometa sua performance. Os outros músicos são muito bons, em especial o guitarrista Rodrigo. A produção, de modo geral, ficou muito boa! Cont.: www.mythrill.com - mythrillband@gmail.com ou (61) 9618-9631

DÍNAMO Z: Tudo melhor no 2º CD-demo da Dínamo Z: gravação, qualidade gráfica e arranjos. A capa é muito retrô e é bem a cara do som da banda. O som continua com muita referência do Rock inglês e as bacanas letras - exceção feita para a faixa CNF 01 - cantadas em português vão em uma direção meio Ira! e Júpiter Maça. O Skazinho ‘Mulheres do Plano’, meio Police-Clash-Paralamas e meio apimentado por um certo preconceito que todos nós suburbanos temos, tem jeitão de hit. Ainda tenho que fazer um show com bandas desse estilo! Cont.: nosbordz@hotmail.com ou (61) 3355-2413

SHUD: Gravação de ensaio, meio podrona e tal, mas o Stock me passou e pediu dar uma ouvida. Ouvi e aqui está a resenha. A primeira coisa que digo é: mesmo gravações podres de ensaios necessitam uma capinha com certos detalhamentos a respeito da banda e das músicas. A música é Thrash com saudável influência Maiden em alguns momentos das guitarras na primeira faixa. Notoriamente a banda se sai melhor nos momentos mais rápidos e moshs, que é quando parece incorporar um estilão meio Anthrax e NYHC. Como as 4 faixas aqui contidas são relativamente longas, acaba rolando uma gama enorme de referências, como Nuclear Assault e muito Pantera. Trazendo o lance todo mais para dentro de casa, tem momentos que a Shud acaba me lembrando muito a nossa Abhorrent. Certamente mais uma que veio para somar e isso é ótimo! Cont.: felipestock777@yahoo.com.br


DESTAQUES DA EDIÇÃO:

SLAVER: Li uma entrevista da Slaver no site Metal Vox, feita pela Michelle (No Class Zine) e pensei que estava lendo as respostas da Violator. E não é só nos conceitos ideológicos que as bandas se parecem, a Slaver veste com o orgulho a influência dos Violas também no lado musical e visual. A prova cabal é o CD demo de estréia – que está sendo distribuído pelo selo goiano TBONTB – ‘Thrash Forces’. São 3 excelentes canções em pouco mais de 12 minutos de um Thrashão bem calcado na escola alemã, em especial, Destruction. Algumas coisinhas para arrumar, coisas essas que a experiência e mais entrosamento darão cabo de forma natural, e a banda estará pronta para ser um dos novos medalhões da cena thrasher brasileira. Cont.: (61) 9298-3041 – www.myspace.com/slaverthrash ou slaver_thrash@hotmail.com

VIOLATOR: Se eu disser que o novo trabalho está uma merda, vocês vão parar de me perturbar dizendo que eu sou um puxa-saco e paga-pau da Violator? Prometem? Bah, que se foda, prefiro morrer com esses adjetivos grudados no peito (patches?) a ter que mentir para mim e para vocês. ‘Chemical Assault’, o 2º CD da Violator está ainda melhor do que o já fabuloso e matador ‘Violent Mosh’. Gravação mais foda, músicas mais rápidas, stages ainda mais suicidas, músicos mais experientes e riffs aos milhões e mais elaboradas. Definitivamente, o Seu Abílio é o senhor riff. O Thrash aqui corre solto – e numa velocidade absurda – da 1º a 10º faixa. Exodus, Whiplash, Sacrifice e Coroner. Se você é fã dessas 4 bandas não pode ficar sem essa pedrada! As únicas coisas que não me agradaram muito nessa bolacha foram: lay-out e a foto do Antônio “Aragão” Rolldão de cueca. Puta que o pariu, ninguém uma visão dessas. Atentado ultra-violento ao pudor! Cont.: killagainrec@yahoo.com.br ou www.violatorthrash.com

DISFORME: É muito legal ver uma banda nascer e ganhar corpo de forma tão rápida. O entrosamento entre os integrantes e, em especial, a entrada do multi-instrumentista Negrete fez a banda dar um enorme salto de qualidade no Hardcore praticado pelo quarteto, que reúne integrantes de diversas bandas. Não espere nada elaborado, novo; o som é curto, direto e sem alterações mutantes que andam estragando muitos estilos musicais mundo a fora. As 7 faixas do CD-demo ’64 nunca mais’ é Punk, é HC, é Crust, ou seja, é foda. A única coisa que faltou aqui foram as letras... Cont.: www.myspace.com/bandadisforme ou disforme.df@gmail.com

ARD: Trata-se de um relançamento, infelizmente ainda não resenho nem o ‘Síndrome...’ nem o ‘Tributo’, entretanto, não é apenas um disco velho lançando de forma diferente (CD, no caso), trata-se de um trabalho de vital importância para a cena musical Hardcore Punk do DF. Refiro-me, enfim, ao ‘Causas para o alarme’, um LP que já nasceu clássico e que nessa nova roupagem ainda teve o mérito de quebrar o cabaço do ex-magrelo do Gilvany, encorajando a sua camiseteria – Mancha Negra – a virar também um selo. As letras parecem que foram escritas hoje, as músicas nos ensinam muito do que é a música HC e o sentimento desse trabalho de 1989 ainda pulsa no ARD dos dias atuais. É apertar o play e curtir pérolas como Ataque às hordas do poder, Cão de guerra, Não quero, Maggie, Terremoto e outras 8 faixas. A chama continua acessa. Cont.: www.myspace.com/ardhc ou camisetasmanchanegra@hotmail.com


CONEXÃO PEQUI:


ETERNAL DEVASTATION: Conexão pequi edição ouro! Assim poderia definir esse brilhante lançamento que reúne a banda goiana Eternal Devastation e o selo candango Kill Again. Sem medo de errar ou de soar exagerado, ‘Slaughterhouse’ estará entre os 10 melhores lançamentos do Metal brasileiro do ano de 2006. De 2005 também! Aqui foi tudo feito com grande capricho: composições, gravação, lay-out, enfim, tudo o que um CD necessita para ser realmente grande. O Thrash com flertes Death-Metal soa aqui com naturalidade e entrosamento absurdos, algo que a dedicação e a estrada trataram de fornecer. Tino está cantando muito, os riffs, certeiros e afiados, deceparão muitas cabeças por onde quer que esse CD toque ou a Eternal se apresente. Não é à toa que esse trabalho de estréia desses comedores de pequi e bebedores de cerveja recebeu o sugestivo nome de ‘Slaughterhouse’. Tankard, Kreator , Death e muitas outras coisas boas rondam a áurea desse disco, logo, se você curte um Thrash veloz, porrada, agressivo e pesado, garanta urgente a sua cópia, pois este aqui cheira à tiragem esgotada!!! Cont.: www.eternaldevastation.com - eternaldevastation@gmail.com ou www.killagain.cjb.net

IN THE SHADOWS: O Júnior (ndr.: para mim será sempre Zé Cachimbo) resolveu reativar a sua antiga banda e o fez da melhor maneira possível: lançando uma demo e tocando sem parar. A música da ITS é a mesma que anuncia o release: “Doom Metal com influências de bandas européias”. Aqui foram gravadas 7 faixas pelos 7 integrantes. Isso mesmo, eu disse 7 músicos para gravar 7 músicas. O som é sombrio, possui uma certa atmosfera gótica, tanto em função das letras quanto da parte instrumental. Os vocais líricos sempre me causam estranheza, mesmo quando são bem feitos. É uma ojeriza particular, desculpem-me. Logo, meu voto é para o vocal da Sara, um dos destaques da banda. Um outro ponto que merece ser mencionado é o fator da ITS escrever a maioria de seus temas em nossa língua pátria. As músicas são muito longas, mas possuidoras de diversos climas que acabam absorvendo resquícios de influências vindas do Heavy e do Black-Metal. Info.: itshadows@yahoo.com.br ou (62) 9936-8719

ESPULETA: ‘Alcoholic Core’ é o nome de uma das músicas e talvez possa ser o estilo desses meninos do Valparaíso. Caso eles não morram de cirrosis, é bem possível que vocês os vejam tocando em alguns shows por aí. A música segue a linhagem Hardcore com influências Punk-Rock, que, se levarmos em conta algumas das letras, os nomes de algumas músicas e o título do CD, teremos a impressão de que esse quarteto só compõe quando o nível de álcool estiver alto. Espero que não seja isso, espero que as 6 músicas contidas aqui sejam fruto unicamente do amor pelo Hardcore e nada mais. Cont.: (61) 8162-1926 ou www.myspace.com/espuleta

EXCEÇÃO: Tá ficando difícil escolher apenas uma banda. Mais uma vez a seção ‘Exceção’ abre uma exceção e pede licença para falar de três ao invés de uma banda...

KROW: Peguei o CD-demo com um certo preconceito, confesso. A capa, o logotipo e a camisa usada por um dos integrantes me conduziram a um pensamento: trata-se de um banda com influências de New Metal. Coloquei o CD para tocar e fui me surpreendendo a cada uma das 4 faixas de ‘Contempt for you’. O quarteto simplesmente arregaça com um sonzão que é Metal puro até o último fio de cabelo em uma eletrizante mistura de Death e Thrash, algo do tipo Pestilence e Atheist. A boa notícia é que em maio de 2007 eles estarão por aqui, daí tiraremos a prova dos nove e veremos se a Krow é apenas uma grande e violenta banda de estúdio ou se é um conjunto de destruição completa! Cont.: krow_band@yahoo.com.br ou (34) 3234-1228

STRESS: Ok, concordo que o Ades exagerou ao colocar na capa do CD que a Stress foi responsável pelo 1º lançamento Thrash nacional, mas isso não tira, de forma alguma, a importância desse relançamento de um disco genial lançando quando o Metal nacional mal engatinhava. Este CD, que outrora foi um disputado LP, foi lançado há mais de 20 anos e mostrava músicas poderosas, pesadas e com ótimas letras cantadas em alto e bom português. Dentre as 9 faixas, incluindo aí clássicos como ‘Sodoma e gomorra’, ‘Mate o réu’ e ‘Inferno nuclear’, percebe-se influências de Heavy-Metal e Rock’n’Roll, numa mistura saudável de Judas Priest, Iron Maiden e Black Sabbath. A Dies Irae Rec. deu um passo a frente ao voltar ao passado e resgatar tal obra-prima. 10 porque é a nota máxima permitida! Cont.: diesirae@lagosnet.com.br

FACADA: Caramba, vou parecer a Rock Brigade dando nota para os CDs que ela lança no Brasil, a maioria esmagador recebe entre 9-10. Não que não mereçam, mas todos é muito descaramento. No meu caso, a Facada, banda que o selo pobre que comando - Independência Rec. – acabou de lançar, merece 10. eheheh. Não é descaramento, nem propaganda enganosa, é nota máxima pelo merecimento mesmo. Ficou tudo a cargo dos caras, eu só tive que parar de comer uns meses e usar o dinheiro economizado para lançá-los, e, por isso a produção ficou assim, digamos, impecável! GrindCore brutal com muitos elementos Death-Metal é o que se escuta durante a execução das curtas 20 faixas do CD ‘Indigesto’. As influências mais diretas são Napalm Death e Nasum. Da última, inclusive, tocam ‘Time to act’. Outra homenageada é lendária cearense Obskure, com a faixa ‘Factoring Sarcasm’, um dos melhores momentos desse grandioso CD. Três camaradas, todos devidamente ocupados com suas outras bandas, se juntaram para formar um projeto musical e fizeram uma avalanche sonora que poderão colocá-los como um dos grandes nomes do Grind mundial. Ouça e tire suas conclusões, mas cuidado com seus tímpanos! Cont.: QNJ 21 casa 11 – Taguatinga – DF – 72140-210 – fellipecdc@yahoo.com.br ou (61) 3475-9391 e www.myspace.com/facadanagoela

ESPECIAL RIDING ANCIENT WAVES: Como o nome é muito grande, abreviou-se só para RAW Rec, selo de propriedade do amigo Ícaro, que resolveu investir pesado e injetou de uma só mão 3 lançamentos, isso, lógico, sem contar com o ótimo split Silente / Brutus já lançado por ele. Comecemos pelo sonho mais antigo e o filho de parto mais longo: Mayombe. O 7 ep, batizado de ‘A História Mela Sangue’, é composto por 13 pequeninas e rápidas canções (o que inclui o cover da falecida banda santista Bones Erosion) tocadas à velocidade da luz. Os destaques ficam a cargo do guitarrista Tiago (Mr. Insane Riff) e das boas letras que a banda fazia. Sim, fazia. Infelizmente a banda morreu sem ver o filho nascer. Dando seqüência à enxurrada de lançamentos, outro 7 ep, dessa feita, o da banda cearense Vingança. ‘Hora do Herói Cair’ desfila 10 clássicos musicais, um lay-out bacana e letras muito curtas e inteligentes. Incrível da história toda é que a Vingança é uma banda nova, de pessoas igualmente novas, mas que esbanja técnica e competência de veteranos. Letras em português cantadas de uma forma rápida e clara e um som que veste um estilo Drop Dead de ser. Lindo! O último é o CD promo da Possuído Pelo Cão, banda formada por integrantes de diversas bandas locais (Violator, DFC, Terror Revolucionário – infelizmente não sou eu o sortudo! – e Innocent Kids), traz na capa uma alusão ao clássico disco da banda Possessed, ‘Seven Churches’, e dá sinais de que a grande turma da PPC está atrás de alegria, diversão e união. As 4 músicas de ‘Semen Churches’ misturam Thrash e Hardcore de uma forma primorosa. Esse Crossover rápido e doentio poderá ser conferido na integra em um LP que sairá em breve, entretanto, duvido que a parte gráfica ficará tão legal... Cont.: www.rawrecs.com ou rawrecs@gmail.com

COMPANHEIROS DE HOSPÍCIO:

DEJETO: Esse aqui foi direto para meus zines favoritos, pois o DF carecia e ainda carece de mais zines de HQs. Os caras do Dejeto viraram uma máquina zineira, estão publicando todo mês e ainda fizeram um especial sobre eleições. O enredo das historinhas são boas e as ilustrações de Carvalho são do caralho. Eheheh, essa foi só para não perder o poder do trocadilho: Carvalho-caralho. Dá até para incluir a marchinha do Sílvio aqui: “O caralho do carvalho não sobe mais, apesar de fazer muita força, o Carvalho foi deixado para trás...”. Eheheh, podre!!! A impressão também é muito boa, mas melhor ainda é o formato escolhido: ½ A4 dobrado. Bonito, econômico e muito, muito pornográfico! Cont.: cachorromagrelo@yahoo.com.br

WHO CARES?: Aí, Who Cares? é um zine chique, vem em versão digital e maior no blog e em versão reduzida, voltada a temas políticos e sociais, quando trata-se de folhas impressas. Por qual motivo: economia. Ou você pensa que a tal da fotocópia é barata? O legal em WC? é que ele cata textos de diversos cantos e publica, basta que eles sejam bons, que, para nossa sorte, é o que acontece aqui. Vale destacar o escrito de minha amiga Alice, publicado originalmente no La Carnissa , que é um impresso que está fazendo uma grande falta. Alice e Tate, por favor, deixem de preguiça e voltem ao trabalho! Cont.: www.whocareszine.blogspot.com


COTIDIANO: CUIDADO, COITADO COTIDIANO!

Falar sobre as eleições no Brasil daria um livro de vários e vários volumes. Cada estado responsável por alguns volumes. Mesmo em federações menores, certamente haveriam publicações com mais folhas que a bíblia. Collor voltou em Alagoas; Genoíno pisa de novo no Congresso; Maluf, mais uma vez, ganha votação surpreendente na capital paulista e disse que o povo é quem deve julgá-lo; Frank Aguiar levará seu teclado para agradar seus novos pares; Clodovil, antes de tomar posse, já declarou o seu preço; e outras barbáries. Mas o nosso DF mais uma vez deu uma lição inacreditável de ceguidão ao escolher seus representantes para as câmaras distrital e federal, o senado e para o governo local. A distrital ganhou mais 13 novos milionários, dos quais alguns já haviam ocupado cargos no executivo e alguns marinheiros de primeira viagem. Renovar era e continua sendo necessário e urgente, mas a renovação que se deu foi apenas de corpo, pois o espírito continua o mesmo. Não de todos os distritais, que fique claro, mas o que dizer de pessoas como Milton Barbosa, que segundo denúncias, ameaçou seus subordinados diretos de demissão caso não o apoiassem. Milton é (era) servidor da Codeplan e seus prenúncios eram direcionados a estagiários e terceirizados. Outro que, antes de eleito já abusava do poder, foi o estreante Cristiano Araújo, cujos pais são donos da empresa Fiança. No caso dele, o jovem distrital simplesmente ameaçou os 6.000 funcionários de demissão caso os mesmos não trabalhassem na campanha e votassem nele. Foi indiciado e o TRE nada conseguiu provar. Letargia? Beneficiamento? O fato mais curioso foi a quantidade de votos que ele obteve: pouco mais de 24.000 votos. Logo, façam as contas: 6.000 funcionários. Considere agora que cada funcionário seja chefe (a) de família e acrescente a cada funcionário(a) 3 pessoas. Agora multiplique e ache o valor. Sob a ameaça de perder o emprego e ver a família morrer de fome, o que você faria??? O Jéferson, meu amigo e batera da Terror, me disse que 10 ex-funcionários da Fiança, demitidos por não aceitarem o coronelismo, ganharam direito à indenização na justiça. Eu achei isso maravilhoso, lógico. Arruda, governador eleito (não com o meu voto!), disse ter feito uma campanha limpa, sem agressões, entretanto, não disse porque seu partido contratou um laranja como candidato ao senado que nada falava sobre suas pretensões políticas, ou seja, o tal do Marcos foi um ótimo ator pago para fazer propaganda da dobradinha Arruda e Paulo Octávio (que fique gravado: os dois quase se mataram para ver quem seria o candidato do partido, trocando graves ofensas, inclusive) e falar mal das candidatas petista e pemedebista. Outra coisa sinistra: se o partido dele, o tal do podre PFL tinha candidato ao senado, por qual razão Arruda pedia votos para Roriz. Isso não é infidelidade partidária? Isso não teria que ser motivo para impugnação de candidatura? TRE, TRE, dá 1 passo para frente e outros 21 para trás. Candidatos sujaram todas as ruas, em menor grau, é verdade, mas continuaram sujões. Eu denunciei vários deles (incluindo aí o governador eleito!), mas fiquei muito mais revoltado quando soube que o dinheiro que os “sujões” pagariam (ndr.: será que pagaram?) ao cofre do TRE, aos partidos políticos retornariam como forma de fundo partidário. Bispo Rodovalho ganhou para federal. Uma das propostas do “homem de Deus” era “fazer um mandato voltado à reliogiosidade”. Roriz para o senado e outras tantas cobras para representar suas vozes. Puta que o pariu, estamos é fodidos e mal pagos. Mal pagos não, isso já estamos há muitos anos! A única coisa de boa que fez o Tribunal Superior Eleitoral foi proibir os showmícios. Isso foi fantástico! Chega de pão e circo nessa porra, precisamos de cultura todos os dias de nossas vidas, não só de 4 em 4 anos. Eu fiquei possuído de raiva com um grupo de pseudo-músicos falidos e cuzões fizeram manifestação em frente ao Tribunal para os ministros retroagirem e autorizarem a volta das músicas ao vivo nos comícios políticos. Músicos assim, que não se importam com o social, na boa, devem permanecer na sarjeta e terem suas carteirinhas fedidas da OMB queimadas! Agora que a merda está feita, temos que fiscalizar, cobrar que façam tudo que prometeram, no intuito de que não afundemos de vez nesse mar de lama e fezes!


DESABAFO I:

Muito se fala do Ari, mas, cá para nós, se metade, pelo menos metade das pessoas que o criticam, na maioria das vezes sem nem o conhecer, fizessem pelo menos ¼ do que esse velho guerreiro faz pelo Rock no DF, nós, pertencentes ao movimento Underground candango, estaríamos muito melhores. A próxima meta do Ari – produtor do evento Ferrock – é a concretização da Casa do Rock, um local dedicado à fomentação, produção e desenvolvimento da cultura Rock. Uma meta ambiciosa, mas, creiam, possível! Querem saber mais? Liguem para ele: 3377-2375.


DESABAFO II:

Afinal de contas, meus amigos, vocês gostam ou não gostam de bandas covers. Durante a realização do evento School of Thrash, constatei que até as pessoas que dizem não gostar de bandas covers, no fundo, lá do fundo de suas almas, elas gostam de bandas covers. Caso contrário, o que explica o fato de uma parcela do público só ter agitado para as bandas Temenon e Gárgula quando as mesmas executaram, de forma primorosa, diga-se, covers da Sepultura e Exodus, respectivamente? Se o show das bandas estivessem ruins, se as músicas delas fossem uma merda, vá lá, até daria um crédito, mas ambas fizeram apresentações grandiosas! Logo, tomem cuidado com o que dizem, pois poderão ser vítimas de suas próprias palavras!


METENDO A COLHER NA SOPA ALHEIA:

* Marcos, da banda Mechanix, seria uma ótima opção para a vaga no cargo de guitarrista para a Demolish.


O OVO OU A GALINHA:

Somos otários porque não sabemos votar ou não sabemos votar porque somos otários?


E É VERÍDICO:

Final do ano terá a primeira formatura de minha filha. A escola em que ela estuda resolveu fazer a missa, uma na católica e outra na evangélica. E quem não gosta de nenhuma dessas duas religiões? E quem não tem religião? Será que o mundo se divide assim e o resto que se foda? Será que é por isso que estão jogando bombas em países que possuem crenças diferentes? Vai saber...

TRILHA SONORA: Bandas resenhadas, Motorhead, Dorsal, ROT, RDP, ARD e, para limpar os ouvidos de tanta barulhada, Napalm Death.

POESIAS DEDICADAS A MINHA INSIGNIFICÂNCIA:

Não tomo nada de álcool, / Mas também não tomo juízo. / Uma coisa compensa a outra, / Eu acho, / E espero.

Sou um cara que vive criando; / Só não crio mesmo é vergonha na cara!

A única pessoa que chorará em meu enterro / Será a dona da funerária, / Pois não receberá pelo belo serviço prestado.

FRASE DE BANHEIRO: Mais vale um jornal velho na mão do que um rolo de papel higiênico vazio!

COLABORADORES:

Pituca Cordolino, Sandra & Rocklane e o Dênis (aí, tô com uma foto sua ao lado de um copo com água e uma vela acessa. Você é meu santo agora, rapaz, aquelas resmas foram da maior utilidade!). Costumava de ter mais colaboradores. O que está acontecendo? Cadê vocês? Não me deixem só!

EXPEDIENTE: ... e o Fellipe CDC continua só nesse mundão tenebroso sem porteira!

CONTATO: QNJ 21 casa 11 – Taguatinga – DF – 72140-210 – fellipecdc@yahoo.com.br ou (61) 3475-9391

Na net você acha muita porcaria, inclusive o Fina Flor. Acessem: www.dfhardcore.blogspot.com , www.nofashionhc.com , www.porao666.com.br , www.osubversivozine.blogspot.com .


APOIO:


PORÃO 666 (Todos os estilos e tendências do Rock) – CSB 2 lt. 08 – Taguá Sul – atrás do Alameda Shopping – Fone: 3562-3573 – www.porao666.com.br

ME ESTÚDIO (Ensaio, Gravação e Sonorização) – 3355-6694

MULTART PRODUÇÕES GRÁFICAS – 3344-1240

MAD HOUSE (Tatuagens e Piercings) – QNM 18 Conj. C lt. 01 sl. 201 - Ceilândia Centro (ao lado da Tesoura de Ouro)


COMO ESSE ANO EU NÃO VOLTO MAIS, PELO MENOS COM O FINA (ndr.: PENSARAM QUE IAM SE LIVRAR DE MIM, É?), DESEJO A TODOS UM 2007 DE MUITA PAZ, SAÚDE, CULTURA E NÃO CONFORMISMO! ABRAÇOS, DO SEU AMIGO: FELLIPE CDC (caralho, pareceu aquelas mensagens dos cartões enviados por nossos políticos nojentos ao final de cada ano!)